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domingo, 6 de janeiro de 2013

2013 – CENTENÁRIO DE AIMÉ CÉSAIRE

“Ela não é nem da ordem do patético nem do choramingo.
A Negritude resulta de uma atitude proativa e combativa do espírito. Ela é um despertar; despertar de dignidade.
Ela é uma rejeição; rejeição da opressão.
Ela é luta, isto é, luta contra a desigualdade.
[...] revolta contra aquilo que eu chamaria de reducionismo europeu.
[...] A Negritude foi tudo isso: busca de nossa identidade, afirmação do nosso direito à diferença, aviso dado a todos do reconhecimento desse direito e do respeito à nossa personalidade coletiva.
[...] Mas, em verdade, a questão hoje em dia não é a Negritude. A questão é o racismo; é o recrudescimento do racismo no mundo inteiro; são os focos de racismo que se reacendem aqui e acolá. [...] Esta é a questão. É isso que deve nos preocupar.
[...] Para nós a escolha está feita.
Nós somos daqueles que se recusam a esquecer.
Nós somos daqueles que recusam a amnésia mesmo que seja como uma saída.
[...] Nós somos simplesmente do partido da dignidade e do partido da fidelidade. Eu diria, então: semear, sim; arrancar, não.”
Aimé Césaire, 1987.

A Negritude situa-se no terreno de um movimento de idéias e práticas que, assumindo a noção de raça, para desmitificá-la, visa derrotar o racismo. A Negritude é a exigência ontológica do Ser-Humano que fora transformado em “negro-animal”, “negro-vegetal”, “negro-coisa”, “negro-sujeira”, “negro-fealdade”, “negro-sem-história” e, naturalmente, “negro-sem-porvir”.

Carlos Moore, 2010.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre a Negritude. Belo Horizonte: Nandyala Editora, 2010. (Organização: Carlos Moore)
100 ANOS - Aimé Césaire.jpg
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Um comentário:

  1. Responsabilidade é de quem?

    Vivemos em um momento de grande significado para as pessoas e suas decisões que em suma determinam de forma participe as questões e os encontros de nossas culturas locais. Dando a abrangência de e das questões que estamos inseridos neste plano físico do qual somos produto em massa e reprodutores de um desserviço da função social econômica Pública da qual inseri-se a representação e os condicionantes destes processos.

    Quais as premissas básicas de um serviço qualificado como público? Quais são os pontos capazes de formular uma melhoria? Quanto custa a adequação? Como, e se existe o controle social onde esta sua participação? Onde estão as memórias? Por que estado de calamidade, além do gestor quem fiscaliza? Onde estão empregadas as proteções dos rios, das pessoas, acesso, estrutura...? Onde teremos os recursos integrados as regiões, o que é FUNAI, o que fez, o que faz, o que informa sobre as materialidades dos índios e seus manejos naturais, medicamentos, animais, utilização dos recursos e extrativismo. Como podemos requerer o reconhecimento e recursos provenientes (é legado), que aprende e requer o respeito a suas terras (botânica, vegetações, animais, cursos d’água, peixes) e minerais.

    Vejamos que para responder uma pergunta central logo se constrói um mercado de serviços não mensurados na edificação dos órgãos de execução e de sua manutenção filosóficas são legados dentre todas as esferas de Governos desta forma colocamos a providencia, o recurso, os avanços e o controle em desordem em virtude de quem tem o papel de questionar agarra a apenas ao emprego perdendo desta forma o equilíbrio e gerando a política de venda onde as atividades e serviços públicos são patrões e geradores das inúmeras descontinuidades do bem estar público social e econômico. Quando realmente precisamos é quando nos damos conta que a conta é outra e que não existem culpados ou vitimas temos dado e damos respaldo não interligado da ausência de responsabilidades, objetivos, produção e qualificação a vida humana... Tornarmos campeões, apenas as oportunidades a questão são ponta de um iceberg.

    Todos nos sabemos que um técnico se tivesse recursos seriam medico e todos nos que os médicos seriam especialistas. Desta forma o ambiente do qual suas funções se concentram estão para a superação de suas próprias limitações sociais econômicas. O exemplo anterior é uma ferramenta para auxiliar-nos, a estabelecermos que não existe vitória sem comprometimento e que somos todos carentes de tempo e de formação e estamos interligados a uma rotina de padrinhos onde aparecemos cometas mais sem luz própria. Esta aparência é vista quando nos aposentamos e as clinicas de repouso ou as condições insalubres de nossas condições domiciliares são parâmetros deste processo. Quais os recursos estamos apitos a receber, sabe-se apenas que recebemos os mesmos que doamos em nossas funções, e que se não amarmos o que fazemos e tivermos meios de aproveitar os aprendizados destas praticas não seremos dignos de uma vida social humana integrada. Não temos que fazer tudo, mais temos que nos comprometermos com o humano na busca continua da não violência e da qualidade equilibrada da proporção.

    Desta forma respondendo a questão digo que ser responsável é ver o que se faz saber o correto, encontrando os meios e os tempos certos para não nos paralisarmos as nossas compreensões nos 20% das diferenças e nunca galgarmos 80% das questões em comum.

    Rodolfo Sant’Ana G. A. de Abreu. 07/01/2013

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