Quantos já nos visitaram

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Professor Eduardo Oliveira virá à Porto Velho


"Um dos mais notáveis homens nascidos neste país", assim se refere o editorial da Revista Raiz da Liberdade (CNAB), ao autor do Hino à Negritude  brasileira,  professor Eduardo de Oliveira.

O professor Eduardo tem apenas 50 anos de literatura, com várias obras publicadas, e tão somente 83 anos de combate ao racismo e de luta pela igualdade racial neste país. E onde se pensar em frente de combate, em espaço nacional de luta, lá está o professor. Com toda sua idade e experiência nacional, podemos imaginar o professor Eduardo articulando com todas as grandes lideranças dos movimentos negros deste país. Amigo de lendas como Abdias do Nascimento e outros e outras, representantes desta luta.

Em Rondônia, um guerreiro da Tropa de Choque do ex-Presidente Lula, na luta pelos direitos humanos, sobretudo, dos quilombolas, comunidades de terreiros e outros coletivos negros - desde a cultura, artes, religiosidade, intelectualidade, empreendedorismo, saúde, educação, enfim -, era o saudoso Dep. Eduardo Valverde, agora temos o Deputado Estadual José Hermínio Coelho (PT/RO), com propostas arrojadas para um avanço nas políticas públicas de promoção da igualdade racial e combate ao racismo, neste estado. 

O Dep. Hermínio (PT/RO) , promete em breve divulgar, em primeira mão neste blog, o seu programa em prol dos afro-descendentes de Rondônia. E, só para adiantar, já contactou o Prof. Chiquinho, Conselheiro do CNPIR, para convidar o Presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), Eduardo de Oliveira, para a apresentação do seu Projeto de Lei que trará em seu bojo proposições como a assinatura de um protocolo de intenções que dará início da institucionalidade desta demanda em Rondônia, junto à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). Onde, em audiência pública será montado um grupo de trabalho misto - governo e sociedade civil organizada - para elaboração de um programa de governo. E na ocasião a Assembléia Legislativa de Rondônia fará uma homenagem ao Professor Eduardo de Oliveira instituindo o Hino á Negritude no âmbito do Estado de Rondônia, o que o torna, mas que solene, e sim oficial, propício para ocasiões de manifestações sociais e da cultura do povo negro de Rondônia.

PARTICIPAÇÃO NO LANÇAMENTO DA FRENTE PARLAMENTAR PELOS QUILOMBOLAS

A Deputada Marinha Raup e o Prof. Chiquinho se fizeram presentes no lançamento da Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas, na Câmara dos Deputados, em Brasília-DF (em 22 de março/2011), com a presença do Presidente da Câmara dos Deputados, Dep. Marco Maia (PT/RS).

Na ocasião a Dep. Marinha se prontificou, junto ao Prof. Chiquinho, como Conselheiro Titular do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), de que, além de seu compromisso com a cultura de Rondônia, e de outras bandeiras importantes, esta demanda também terá prioridade no seu mandato, juntamente com as demandas dos outros coletivos afro-brasileiros, especificamente de Rondônia. 

Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas

Agora, dias atrás, exatamente no dia 22 de março/2011, foi lançada em Brasília, na Câmara dos Deputados Federais, a Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas. O evento que marcou este lançamento foi um seminário, com o Dep. Luiz Alberto (PT/BA) coordenando a mesa, onde a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a Senhora Luiza Bairros, e o Sr. Gilberto Carvalho, Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Secretaria Geral da Presidência da República, foram os painelistas. E tendo como debatedores os senhores Maurício Reis, Diretor de Proteção do Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Palmares e o Professor da Universidade Federal do Pará (UFP), Girolamo Treccani.

Podemos dizer que foi um marco na história da luta pela igualdade racial e combate ao racismo no Brasil. Agora só resta a sociedade participar desta política tão imprescindível, não só ao coletivo dos quilombolas do Brasil, ou apenas ao povo negro do Brasil em geral, mas a toda a sociedade brasileira. Pois onde há exclusão não há civilização, não há democracia, e não se respeita os direitos humanos. Enfim, já é um avanço, pois dos coletivos afro-brasileiros, as comunidades tradicionais são as mais esquecidas, a exemplo, também, das comunidades de terreiros.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

INSCRIÇÃO DE FILMES PARA O IV BAFF - ATÉ O DIA 02 DE JULHO 2011





Local: Cachoeira - BA - Brasil
Horário: domingo, 7 de agosto de 2011 08:00

Local do Evento: UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
O melhor local para você acompanhar o III BAFF em seu desdobramento até o início do IV BAFF é no site do BAFF: www.bahiaafrofilmfestival.com.br e também na UFRB Web TV que transmite 24 horas por dia tudo o que rolou e continua rolando no III BAFF, agora com suas itinerâncias no Brasil e em alguns países que já estão fazendo o convite formal.

domingo, 26 de junho de 2011

Biografia da Ministra da SEPPIR, Senhora Luiza Bairros

Luiza Helena de Bairros nasceu a 27 de março de 1953 em Porto Alegre (RS). Filha do militar Carlos Silveira de Bairros e da dona de casa Celina Maria de Bairros. Sempre foi estimulada pelos pais quanto a sua formação. Não causou estranheza a seus familiares quando começou a envolver-se com as questões raciais, pois no período de colégio sempre fazia parte de grêmios e na universidade pertencia a diretórios acadêmicos, demonstrando um forte interesse pela militância estudantil. E foi na universidade, a partir de um amigo participante do diretório acadêmico, que teve seu primeiro contato com informações sobre os movimentos sociais americanos e ao conhecer o material dos Panteras Negras, ficou ainda mais entusiasmada com o caminho que estava traçando para sua luta política.
No início de 1979, participa da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ocorrida em Fortaleza. Foi impactada pela presença de inúmeros integrantes do Movimento Negro de várias regiões brasileiras, quando trava um contato mais próximo com o pessoal do Movimento Negro Unificado da Bahia e resolve muda-se para Salvador, no mês de agosto do mesmo ano.....
Bacharel em Administração Pública e Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com conclusão em 1975; Especialista em Planejamento Regional pela Universidade Federal do Ceará concluindo em 1979; Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Sociologia pela Michigan State University no ano de 1997.....
Com toda esta qualificação trabalhou entre 2001 a 2003 no programa das nações Unidas para o Desenvolvimento/PNUD na coordenação de ações interagenciais e de projetos no processo de preparação e acompanhamento da III Conferência Mundial Contra o Racismo – relação Agências Internacionais/Governo/Sociedade Civil. Entre 2003 a 2005 trabalhou no Ministério do Governo Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID, na pré-implementação do Programa de Combate ao Racismo Institucional para os Estados de Pernambuco e Bahia. Entre 2005 a 2007 foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, para questões de gênero e raça como coordenadora do programa de combate ao Racismo Institucional – PCRI na Prefeitura da Cidade do Recife, Prefeitura Municipal de Salvador e Ministério Público de Pernambuco.....
Entre 1976 e início da década de 1990 esteve envolvida em pesquisas relevantes para o conhecimento e combate do racismo no Brasil e nas Américas, como por exemplo sua participação na coordenação da pesquisa do Projeto Raça e Democracia nas Américas: Brasil e Estados Unidos. Uma cooperação entre CRH e a National Conference of Black Political Scientists/NCOBPS.....
Enquanto docente trabalhou na Universidade Católica de Salvador, Universidade Federal da Bahia/UFBA, dentre outras. Foi organizadora de alguns livros memoráveis e autora de vários artigos e dossiês. Coordenou diversos eventos na área do combate a discriminação racial.....
Dona de uma trajetória respeitável, Luiza é reconhecida como uma das principais lideranças do movimento negro no País. Faz parte dos grupos de estudiosas/os e ativistas que contribuem e lutam para a superação do racismo e sexismo e esteve nas últimas décadas à frente de inúmeras iniciativas de afirmação da identidade negra na sociedade brasileira.....
Pesquisadora na área de políticas públicas para população afro descendente, sempre trabalhou em prol da redefinição de novos caminhos para as mulheres negras, apresentando e sugerindo propostas em políticas voltadas para a igualdade racial e de gênero. Coroando esta trajetória no dia 8 de agosto de 2008 tomou posse como titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia - Sepromi.....
FONTE: Site Mulher 500 anos atrás dos panos...

sábado, 25 de junho de 2011

O QUE É O MOCAMBO CULTURAL?



O Mocambo Cultural é um coletivo de caráter suprapartidário que nasceu da experiência de organização política de diversos grupos da vanguarda artística, e de culturas populares emergentes no Brasil,  especificamente, na Amazônia. Experiência esta vivida no processo de construção da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial - PNPIR -, e do Sistema Nacional de Cultura - SNC.
            Nas linhas de atuação, cultural e política, do Mocambo Cultural, pretende-se fomentar intervenções culturais e experiências estéticas que contribuam para as artes em Rondônia, isto é, na questão da estética e da democracia cultural. No viés político, visa a construção de uma  união de forças entre os diversos grupos do movimento negro em Rondônia, e contribuir com a formação política e mobilização dos filhos da diáspora africana em nosso estado. Possibilitando a articulação de objetivos comuns e fortalecendo a atuação de todo o seguimento. Culturalmente o Mocambo Cultural é um território livre,  que não tem limites. Ou seja, vai aonde a democracia permitir ou necessitar, e prioriza a arte experimental dos afro-descendentes, dilatando as fronteiras da estética e das africanidades. Ainda no sentido cultural o Mocambo não pretende ser uma entidade jurídica. Está mais para um “Quilombo Urbano Contemporâneo”.
Além de práticas colaborativas junto ao seguimento negro em geral o Mocambo Cultural tem uma presença solidária junto às comunidades quilombolas e à polução negra rural não-quilombola. Elaborando propostas de políticas públicas e de mecanismos de controle social dessas políticas, a partir de indicadores. Combatendo a discriminação racial, monitorando políticas e apoiando todas as frentes de lutas, ou ações como trabalho, renda, qualidade de vida, saúde, educação,  titulação das terras quilombolas, preservação de memória, promoção e revitalização da cultura negra, implementação de ações afirmativas, cultivo da cultura de paz, segurança pública para a população negra rondoniense, combate ao racismo, cotas. Enfim, engajando-se em tudo que desenvolva a cidadania negra em Rondônia, sobretudo na perspectiva artístico-cultural.
           
       Como coletivo articulador o Mocambo Cultural participou ativamente das discussões para a criação do Conselho Municipal do Negro - CONEGRO - em Porto Velho. Coordenou o grupo de trabalho que criou a minuta da Lei Municipal, reestruturando este conselho. E juntamente com todos os movimentos negros do Município de Porto Velho articulou junto a Câmara de Vereadores, e a Prefeitura, para que este conselho tomasse posse. Outro exemplo é a  participação na construção de um espaço, canal de diálogo, e de construção coletiva de políticas públicas no âmbito Partido dos Trabalhadores, e entre este partido e a comunidade afro-descendente de Rondônia.
Voltando a questão da cultural temos promovido atividades das comunidades de terreiros e produções artísticas de diversos grupos e indivíduos, principalmente por meio da Agenda Zumbi, projeto da Prefeitura de Porto Velho, em sua Fundação Cultural Iaripuna.
        No campo educacional o Mocambo Cultural tem articulado a participação de grandes pensadores negros da região Norte em simpósios, seminários e debates, num intercâmbio entre as regiões. Sempre atualizando o pensamento e as práticas pedagógicas da cultura e saberes negros. Por exemplo, participou como parceiro da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) em seu Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afro-Amazônicos, o GEPIAA, na efetivação do I Encontro de Pesquisadores da Diáspora Africana na Amazônia.

         Como ato cultural, intervenção urbana própria deste coletivo, estará fazendo uma enorme escultura, de um Orixá, em pedra bruta do rio Madeira, aliás, em sua própria margem. Demarcando território de identidade, consolidando e dando ressonância à memória dos nossos ancestrais, valorizando e divulgando um espaço sagrado para as comunidades de terreiros. Para além da visão de ecologia ocidental resignificando para a sociedade não-negra, o valor do meio ambiente, na perspectiva da visão de mundo e cosmologia dos afro-descendentes. Reconhecendo as referências culturais na paisagem e no patrimônio natural, ecológico e cultural.
          Como promoção da cultura afro-descendente, o Mocambo Cultural desenvolve ou viabiliza atividades nas escolas da rede pública de Porto Velho e participa de intervenções em Projetos Políticos Pedagógicos, como é o caso da Escola Murilo Braga. Para que sejam efetivadas práticas didático-pedagógicas incluindo a história, a geografia e as artes africanas e afro-descendentes, no que se refere à Lei 10.639/03.

            Na atualidade este coletivo de cultura, enquanto movimento negro membro da Rede Amazônia Negra, compõe os conselhos municipal - de Porto Velho - e nacional de promoção da igualdade racial, CONEGRO e CNPIR, respectivamente.

Na articulação nacional o Mocambo Cultural utilizará como fórum social negro permanente, a Rede Amazônia Negra, também, para monitorar e auxiliar as ações do Núcleo dos Parlamentares Negros  NUPAN (afro-parlamento), da Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas, do CNPIR, da SEPPIR e de órgãos vinculados ou similares.

CONTATO:
Cel.: (69)9921 9642 / (69) 9281 2071


Pequena mostra do acervo do Museu Afro-Brasileiro (USP)




Negra Anatália



Obra de Anatália

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Conselho curador da Fundação Cultural Palmares

O Conselho Curador é um órgão colegiado da Fundação Cultural Palmares e tem por objetivo:
·         formular propostas e opinar sobre questões relevantes para a promoção e preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência da população negra na sociedade brasileira;
·         zelar pela Fundação Cultural Palmares, seu patrimônio e cumprimento dos seus objetivos;
·         aprovar proposta da Diretoria Colegiada no tocante a definição de prioridades e linhas gerais orientadoras das atividades da Fundação, sua implementação e divulgação;
·         propor ao Ministério da Cultura os critérios, prioridades e procedimentos para a aprovação de projetos culturais apoiados por recursos do Fundo Nacional da Cultura, quando estiverem relacionados ao cumprimento das finalidades da Palmares;
·         apreciar e aprovar a Proposta Orçamentária da Fundação, as solicitações de créditos suplementares e de outros recursos;
·         aprovar o Relatório Anual de Atividades da Palmares e a respectiva execução orçamentária, manifestando-se sobre a regularidade dos atos de gestão financeira e patrimonial;
·         apreciar propostas referentes a alterações do Estatuto e do Regimento Interno da Fundação, ouvida a Diretoria Colegiada, que se manifestará por parecer conclusivo;
·         opinar sobre a participação da Fundação em organismos de natureza assemelhada, nacionais e internacionais, bem assim propor essa participação;
·         elaborar e aprovar o seu regimento interno; e
·         apreciar os demais assuntos que lhe sejam submetidos.
É composto por 12 (doze) membros, sendo 2 (dois) membros natos e 10 (dez) membros nomeados pelo Ministro de Estado da Cultura, para um mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.
Membros natos
Ana de Hollanda - Ministra da Cultura
Eloi Ferreira de Araujo - Presidente da Fundação Cultural Palmares 
Representantes ministeriais
Andréia Ingrid Michele do Nascimento – Ministério da Ciência e Tecnologia
Carlos Hugo Suarez Sampaio – Ministério da Justiça
Maria Auxiliadora Lopes – Ministério da Educação
Representante da comunidade indígena
Mariano Justino Marcos Terena
Representantes da comunidade afro-brasileira
Dom Gílio Felício
Nelson Fernando Inocêncio da Silva
Oriel Rodrigues Moraes
Valdina Oliveira Pinto
Francisca Xavier Queiroz de Jesus