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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Mulheres Guaporeanas - de Esmeraldina negraki·

Mulheres Guaporeanas- obra de Esmeraldina negraki·

Artista Negra - Mulher quilombola - Quilombos do Vale do Guaporé -, ativista do movimento negro,  membro de diversos coletivos, e da Rede Amazônia Negra.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Lições de língua yorùbá 1/12 - Ẹ̀kọ́ ọ̀kan/Éjilá



Método histórico-dialético, pedagogia histórico-crítica e didática

Márcia Aparecida Schuveter e José Benedito de Barros *

O presente texto pretende apresentar de forma sucinta os pontos fundamentais de uma didática para pedagogia histórico-crítica que é uma tradução pedagógica do método histórico-dialético. Não faremos referência explícita a este ou aquele autor, pois nosso intuito é incentivar a leitura dos autores nos quais nos baseamos. Para isso, no final do texto indicamos uma bibliografia básica para leitura e reflexão.

O método histórico-dialético tem três elementos fundamentais: a afirmação (tese), a negação (antítese) e a superação (síntese).

Quando se analisa a realidade utilizando-se o método histórico-dialético, parte-se da prática social (realidade). Essa prática social é confrontada com a teoria. Após esse confronto, volta-se à prática social, mas com um instrumental que possibilita a superação daquela prática social inicial.

A pedagogia histórico-crítica tem como ponto de partida uma análise crítica do modo de produção, ou seja, a forma como em uma determinada sociedade os seres humanos produzem sua existência. Um modo de produção tem pelo menos dois elementos fundamentais: as forças produtivas, também conhecidas como meios de produção (indústrias, máquinas, terras, ferramentas) e as relações de produção (respondendo-se às perguntas: “quem produz?”, “para quem produz?”, “para que produz”, “quem se apropria do que é produzido?”, etc.). O estudo das relações de produção nos mostra se uma sociedade é dividida em classes sociais ou se é uma sociedade sem essa divisão; se as relações são de exploração ou não; se se trata de uma sociedade marcada pela competição ou pela cooperação.

A pedagogia histórico-crítica propõe: a união entre trabalho intelectual e manual (pensar e fazer); a união entre estudo e trabalho produtivo; a formação politécnica; a formação integral do ser humano; a formação para a cooperação; uma educação para formar o cidadão autônomo, crítico, participativo e engajado em sua comunidade visando à superação de sua situação inicial. Para que isso aconteça essa pedagogia defende que os alunos devem ter acesso aos conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, cabendo à escola a função de fazer com que os alunos tenham acesso a eles.

Para possibilitar o acesso dos alunos ao conhecimento o professor em seu trabalho em sala de aula deverá seguir cinco passos: levantamento da prática social inicial e do conhecimento que o aluno e o professor já têm sobre o conteúdo a ser trabalhado; problematização; instrumentalização; catarse; e prática social final do conteúdo.

Quanto ao primeiro passo, a prática social inicial e os conhecimentos que aluno e professor já têm sobre o conteúdo trata-se de uma preparação, uma mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma primeira leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado. Uma das formas para motivar os alunos é conhecer sua prática social imediata a respeito do conteúdo curricular proposto.
Cabe ao professor nesse momento, fazer o anúncio dos conteúdos, instigar o aluno para a vivência cotidiana dos conteúdos, mostrando-lhes que o mesmo, de uma forma ou de outra, está presente no seu cotidiano, tirando-lhes da tradicional posição de meros receptores de um conteúdo já pronto.

O segundo passo é a problematização, que é a explicitação dos principais problemas da prática social. Trata-se de um processo de busca, de investigação para solucionar as questões em estudo, é o caminho que predispõe o espírito do educando para a aprendizagem significativa, uma vez que são levantadas situações-problema que estimulam o raciocínio.
Essa problematização tem como finalidade selecionar as principais interrogações levantadas na prática social a respeito de determinado conteúdo. A problematização é também o questionamento do conteúdo escolar confrontado com a prática social, em função dos problemas que precisam ser resolvidos no cotidiano das pessoas ou da sociedade.

O terceiro passo é a instrumentalização que são as ações didático-pedagógicas para a aprendizagem. A instrumentalização é o caminho pelo qual o conteúdo sistematizado é posto à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo, transforme-o em instrumento de construção pessoal e profissional.
Nesta etapa, o professor deve trabalhar o conteúdo de modo sistematizado, buscando equacionar, conceitualmente, os problemas levantados na etapa anterior. Isso só ocorrerá, havendo aprendizagem desses conteúdos pelos educandos. É nesta fase que, de fato, ocorre a aprendizagem do conhecimento científico, ou seja, dos conceitos científicos. É nesta etapa que se efetiva o processo de mediação docente.
As atitudes e ações do professor e dos alunos ocorrem em três momentos, a saber: Primeiro momento – antes da aula; segundo momento – durante a aula e terceiro momento – após a aula.

O quarto passo é a catarse - expressão elaborada da nova forma de enfrentar a prática social. A catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o aluno chegou. Neste momento, o aluno traduz oralmente ou por escrito a compreensão que teve de todo o processo de trabalho. Expressa a sua nova maneira de ver o conteúdo e prática social.
Ao professor cabe, nesse momento, criar mecanismos avaliativos para perceber se, de fato, essa síntese mental ocorreu e como ocorreu, para, com isso, propiciar a realização do último passo – prática social final.

O quinto passo é a prática social final do conteúdo, a nova proposta de ação a partir do conteúdo aprendido. A prática social final, em seus fundamentos teóricos, é a ocasião em que o aluno comprova através de ações ou intentos que aquele conteúdo vivido, problematizado, teorizado e sintetizado mentalmente, agora é capaz de modificar a sua existência. Trata-se de um retorno à prática social.
Sobre os procedimentos práticos, da prática social final do conteúdo, pode-se afirmar que a realização dessa fase com os alunos, em sala se aula, envolve basicamente dois pontos: 1) nova atitude prática, 2) proposta de ação.

Segue abaixo indicação de algumas obras que melhor ajudarão a compreender o método histórico-dialético; a pedagogia histórico-crítica bem como sua didática.

Bons estudos a todos!


Bibliografia
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação? 8ª Ed., São Paulo: Editora Brasiliense, 1983. (Coleção Primeiros Passos).
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 5ª Ed ver., 2. Reimpr. Campinas-SP: Autores Associados, 2012. (Coleção educação contemporânea)
LOMBARDI, José Claudinei. Algumas questões sobre educação e ensino em Marx e Engels. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p. 347-366, abr2011 - ISSN: 1676-2584.
MANACORDA, Mario Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. Trad. De Gaetano Lo Monaco. 8ª Ed. São Paulo: Cortez, 2000.
MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão. A pedagogia histórico-crítica na educação infantil e ensino fundamental. Campinas-SP, Autores Associados, 2011. (Coleção Educação Contemporânea)
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo : Cortez : Autores Associados, 1987.
____________. “Modo de produção e a pedagogia histórico-crítica”. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Londrina, v. 1, n. 1, p. 110-116, jun. 2009. Acesso eletrônico pelo seguinte link: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/germinal/article/view/2649/2303.

*Márcia Aparecida Schuveter: Mestre em Educação (Unesp), Especialista em Alfabetização;Especialista em Psicopedagogia, Pedagoga.
*José Benedito de Barros: Mestre em Educação (Unesp), Especialista em Direito; Bacharel em Ciências Jurídicas; Licenciado em Filosofia.

“O Brasil foi fazer o papel sujo dos EUA no Haiti”



Por , 09/02/2013 14:02
Por Joana
Jean-Jacques Dessalines foi um ex-escravo que participou ativamente do processo de independência haitiana, em 1804, a primeira da América Latina. Além da declaração de independência em relação à França, o país rompeu com a escravidão, com a concentração da terra e lançou as bases para a construção de um Estado nacional. No século 20 e 21, no entanto, forças externas voltaram a ameaçar a soberania do país, que passou a ser ocupado por tropas de segurança de vários países – a Minustah, coordenada pelo Brasil – e enfrenta problemas para garantir sua soberania política.
Essencialmente camponês, o país também tem dificuldades de sustentar sua soberania alimentar, além de ter seus cidadãos explorados por projetos de zonas francas, pouco desenvolvimento da infraestrutura e educação. Em janeiro deste ano, completaram-se três anos do terremoto que desabrigou milhares de famílias, e muitas delas ainda vivem em assentamentos precários.
Flávio Barbosa, integrante da Brigada Internacionalista da Via Campesina Dessalines, fala nessa entrevista sobre a situação do país, a atuação da Brigada, os projetos de exploração e os de solidariedade.
Qual a atuação da Brigada Dessalines no Haiti?
A Brigada é um projeto de solidariedade e internacionalismo entre os movimentos campesinos no Brasil com as organizações camponesas no Haiti. Os preparativos para a atuação da Brigada começaram quando o governo brasileiro enviou as tropas militares para o país. Naquele momento, nós da Via Campesina Internacional avaliamos que deveria haver outra forma de solidariedade que não fosse estritamente essa dos governos, para procurar estabilizar a sociedade haitiana. Nos movimentos sociais campesinos fomos dialogando desde 2004, mas o plano só foi efetivar em 2009, quando a Via Campesina Brasil enviou quatro militantes para uma visita de conhecimento e para articular uma estrutura para que fosse uma quantidade maior de pessoas, que pudessem colaborar com a solidariedade tanto política como também técnica, de intercâmbio de práticas de agroecologia, de vivência em vários segmentos.
Em 2010, se fixa a Brigada Dessalines no Haiti. No primeiro momento, havia 10 integrantes, mas com o terremoto de 2010, houve uma solidariedade muito grande, e foram enviados 30 delegados do Brasil para fazer a atuação no país. Nesse ano, a atuação foi mais emergencial, foram instaladas duas mil cisternas de plástico, pré-montadas, nas comunidades camponesas, para garantir água potável. A partir daí, foi estruturado um plano em várias áreas técnicas, envolvendo a questão do reflorestamento e meio ambiente – o Haiti é um país que tem apenas de 3 a 4% de cobertura vegetal nativa – é um país montanhoso, e a principal fonte de renda dos camponeses é o comércio do carvão. Então a gente atua com um programa de produção de mudas de plantas frutíferas, incluindo as de espécie lenhosas, para que os camponeses possam gerar renda para a família.
Uma outra ação da Brigada é na questão da reprodução de sementes, na construção de casas de sementes, etc. Um exemplo enfático da importância dessa ação aconteceu em 2010, quando a Monsanto, multinacional inimiga da agricultura camponesa, ofereceu como doação de 60 toneladas de milho, supomos que geneticamente modificado. Houve uma grande movimentação dos movimentos campesinos e um ato que juntou mais de 10 mil pessoas, em que eles disseram ‘não’ a essa empresa, a esse tipo de ajuda. Temos atuado também na área de formação, de capacitação política, de metodologia, no sentido de fortalecer os movimentos e a Via Campesina haitiana. Temos também uma atividade de intercâmbio, junto à juventude camponesa. No ano de 2010 e 2011, o Brasil recebeu 78 jovens que passaram um ano, estudaram português e fizeram cursos técnicos de agroecologia, conheceram agroindústrias. Desenvolvemos também iniciativas de alfabetização, de jovens e adultos, pois a realidade da educação é bem precária no Haiti, faltam até cadeiras para os alunos estudarem nas escolas públicas.
Até quando a Brigada pretende ficar no país?
Não há o estabelecimento de prazos, o que há é a ideia de estruturar um programa, principalmente de formação técnica. No Haiti a principal carreira profissional é a agronomia, devido à insegurança alimentar por que o país passa, e os agrônomos não põem o pé na terra, são agrônomos de escritório. Então a Via Campesina tem um plano de contribuir com a formação técnica em agroecologia lá. Para ter uma ideia, 65% da economia haitiana vem dos serviços da agricultura. E há um destaque grande para o trabalho das mulheres, que conduzem a economia nas cabeças, nos cestos, nos sacos.
Como estão as famílias atingidas pelo terremoto de 2010?
O terremoto de janeiro de 2010 teve um impacto sobre a capital, com mais força. No interior houve algumas rachaduras, algumas casas caíram, mas foram na capital os danos maiores. E nossa ação é muito voltada para os camponeses. Mas passados esses três anos, o que vemos: na capital, ainda continua o drama, muitas famílias continuam desabrigadas. Tem cerca de 500 mil residindo em 498 acampamentos, nas áreas de vazio da capital. Até 2012, havia muitos acampamentos nas praças públicas, mas o Estado e a polícia promoveram ações de expulsar essas famílias dos espaços públicos, dando auxílios-moradia para que elas voltassem para o interior. Teve também famílias que foram expulsas na marra, com violência, em ações clandestinas.
No interior, houve então um problema, porque essas famílias que saíram dos acampamentos – no máximo com R$ 500 dólares de indenização – não têm como se sustentar. E houve problema de abastecimento, porque não houve um bom inverno. Para completar, ainda teve os ciclones, que causaram prejuízo às plantações. Então o Haiti hoje passa por um processo de grande turbulência, comenta-se que vão morrer muitos camponeses de fome, devido à insegurança alimentar. Os preços dos alimentos têm aumentado muito, então há uma crise iminente no país. A própria FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura] já fez um alerta à comunidade internacional, dizendo que se apresenta uma crise alimentar no Haiti, com danos superiores à crise de 2008.
Com indenizações tão pequenas, com tantas famílias ainda desabrigadas e morando em assentamentos precários, para onde foram os recursos arrecadados pela ajuda internacional mobilizada após o terremoto?
As organizações sociais haitianas produzem a análise de que boa parte desse recurso foi destinado para um grande projeto de reconstrução do país, que inclui a construção de moradias – nesse quesito, os números são muito pequenos – reconstruir estradas, projetos de geração de emprego. Para isso, foi criado um projeto coordenado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que é a instalação de zonas francas. São áreas industriais em que os empresários tenham liberdade para se instalar, principalmente com atividades de confecção. Os empresários ganham muito bem com isso, pois exportam essas roupas- principalmente o jeans – para os Estados Unidos, onde não há impostos pra isso, e pagam super mal aos trabalhadores, em torno de 25 dólares por semana. Há muitas críticas a essas zonas francas, pois as famílias se deslocaram para essas regiões em busca de trabalho, mas não há estrutura de saúde, de moradia e de educação.
Como os movimentos organizados no Haiti vêem as tropas da Minustah e a participação do Brasil?
No início dos anos 2000, o Haiti não tinha uma força própria de segurança nacional para atuar em situações extremas, pois o Exército havia sido destituído. Até 2004, havia uma crise enorme de segurança pública, com atuação de grupos armados, e o Estado não tinha como responder. A leitura que os movimentos fazem é que nesse período foi necessária essa atuação externa do ponto de vista militar, para recolher as armas e garantir a estabilidade e a segurança interna. Mas avaliam que essa força militar teve uma função até no máximo 2006. Depois disso, essas armas foram recolhidas, baixaram os índices de criminalidade, e a atuação da Minustah tem sido em prol de proteger a iniciativa privada, que vem se instalando no país, e para criminalizar as lideranças de movimentos sociais.
Todas as manifestações do país são muito reprimidas, com gás lacrimogêneo e tudo. A avaliação atual é que é desnecessária a presença dos militares, que eles atrapalham a autonomia e a independência do país. A Minustah é vista hoje como uma opressão externa, de países irmãos, coordenada pelo Brasil, em uma jogada do governo brasileiro para ter um assento no conselho de segurança da ONU. Como os Estados Unidos já estão muito queimados no Haiti, por vários processos de intervenção, o Brasil foi fazer esse papel sujo dos EUA. Mas até que os soldados brasileiros são aceitas porque na relação Brasil-Haiti há um sentimento muito emotivo, que envolve o futebol. Eles sabem tudo dos jogadores do Brasil.
E como vocês vêm a migração para o Brasil?
Os haitianos buscam saídas para o externo, pois são um país de 10 milhões de pessoas em um território pequeno. Estima-se que haja mais de 1,5 milhões de haitianos vivendo nos EUA, garantindo parte da economia do país, através da remessa de dinheiro. Como os EUA têm sido muito restritos à entrada de estrangeiros, o Brasil se tornou uma referência. Eles vêm na expectativa de conquistar trabalho e renda.
Como vem sendo a solidariedade da sociedade civil brasileira e mineira ao Haiti?
No ano de 2010, com toda a comoção criada com o terremoto, a CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] promoveu uma campanha para ajudar as vítimas. Em Minas Gerais, a Igreja teve um destaque, pois atuou, além da arrecadação de fundos da campanha nacional, em um projeto específico, chamando “Projeto BH”. Esse projeto foi destinado a promover a agricultura camponesa no Haiti, em parceira com o movimento nacional de pequenos camponeses cabeças unidas, chamando “TetKole”. Foram R$ 550 mil reais destinados a iniciativas de captação de água e produção de alimentos. Hoje há mais de 1.200 famílias que recebem água potável, após a construção de uma estrutura de captação das montanhas, que também vão para a produção. Foi construído também um centro do movimento, para a experimentação de técnicas agrícolas, que depois são reproduzidas pelas unidades familiares.
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Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental. http://www.minaslivre.com.br/artigos/81-internacionais/4320-o-brasil-foi-fazer-o-papel-sujo-dos-eua-no-haiti

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Criolo em "Não existe amor em SP"


SEPPIR lança Plano de desenvolvimento sustentável para comunidades de matriz africana



SEPPIR lança Plano de desenvolvimento sustentável para comunidades de matriz africana
Data: 26/01/2013
Solenidade será no dia 29 de janeiro, às 17h, no Salão Negro do Ministério da Justiça, em Brasília, DF. O documento reúne políticas voltadas para a garantia de direitos, proteção do patrimônio cultural e da tradição africana no Brasil e o enfrentamento à extrema pobreza com ações emergenciais e de fomento à inclusão produtiva
Segundo Silvany Euclênio, o plano é um instrumento de planejamento e implementação das ações prioritárias para esse segmento populacional alvo da ação
A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) lança terça-feira29 de janeiro, às 17h, o I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. A solenidade acontece no Salão Negro do Ministério da Justiça, em Brasília, DF. O documento reúne um conjunto de políticas públicas, que objetivam a garantia de direitos, a proteção do patrimônio cultural e da tradição africana no Brasil, e o enfrentamento à extrema pobreza com ações emergenciais e de fomento à inclusão produtiva.

De acordo com a ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, o plano resulta do reconhecimento por parte do governo federal, da necessidade de articular as iniciativas e os esforços dos diversos ministérios e órgãos para garantir direitos, efetivar a cidadania e combater o racismo e a discriminação que incidem sobre os povos e comunidades tradicionais de matriz africana no Brasil.

Povos e comunidades tradicionais de matriz africana são grupos populacionais que se organizam a partir dos valores civilizatórios e da cosmovisão trazidas para o país no contexto do sistema escravista, e que possibilita um contínuo civilizatório africano no Brasil, constituindo territórios próprios caracterizados pela vivência comunitária, pelo acolhimento e prestação de serviços à comunidade.

Ações prioritárias
“O plano é um instrumento de planejamento e implementação das ações prioritárias para esse segmento populacional, construído com base no Plano Plurianual, PPA 2012-2015”, explica a secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Silvany Euclênio. O documento está estruturado nos eixos “Garantia de Direitos”, “Territorialidade e Cultura” e “Inclusão Social e Desenvolvimento Sustentável”.

A SEPPIR coordena o grupo de trabalho que envolve mais 10 instituições federais responsáveis pela execução, monitoramento e revisão do plano. Além da SEPPIR, respondem pelo plano os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Cultura, Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Fundação Cultural Palmares, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Serviço:

O quê – Lançamento do I Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana
Quando – 29 de janeiro de 2013, às 17h
Onde - Salão Negro do Ministério da Justiça, em Brasília, DF
 
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
Baixe aqui os arquivos do Plano Nacional