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domingo, 29 de setembro de 2013

Liz Hermann - A BRASILEIRA QUE O BRASIL NÃO CONHECE

LIZ HERMANN !

 GUARDEM ESSE NOME.

 É DESSAS BRASILEIRAS QUE COMPROVA A MUDANÇA NO CONCEITO DE RAÇA - SUA MELANINA TA NA MELODIA, NO GINGADO, NA SONORIDADE, SUA BRASILIDADE LOIRA É TODA PREENCHIDA, CHEIA DA AFRICANIDADE, SUA BÊNÇÃO É O AXÉ DOS NOSSOS ANCESTRAIS AFRICANOS.

sábado, 28 de setembro de 2013

Aimé Césaire, 'Diário de um retorno ao país natal', tradução de Lilian Pestre


























126.
Escutai o mundo branco
horrivelmente cansado de seu esforço imenso
o estalar de suas articulações sob as estrelas duras
sua rigidez de aço azul varando a carne mística
escuta suas vitórias proditórias trombetearem suas derrotas
escuta nos álibis grandiosos seu triste tropeçar

127.
Piedade para os nossos vencedores omniscientes e ingênuos!

(...)

131.
Fazei-me rebelde a toda vaidade, mas dócil ao seu gênio
como o punho no estender do braço!
fazei-me comissário do seu sangue
fazei-me depositário do seu ressentimento
fazei de mim um homem de conclusão
fazei de mim um homem de iniciação
fazei de mim um homem de recolhimento
mas fazei de mim também um homem de semeadura

132.
fazei de mim o executor dessas obras altas
é chegado o tempo de cingir os rins como um cavaleiro —

133.
Mas fazendo-o, meu coração, preservai-me de todo ódio
não façais de mim esse homem de ódio por quem só tenho ódio
pois embora me restrinja a essa raça única
sabeis no entanto meu amor tirânico
sabeis que não é por ódio de outras raças
que me exijo lavrador dessa raça púnica
o que quero
é pela fome universal
pela sede universal

134.
intimá-la livre enfim
a produzir de sua intimidade fechada
a suculência dos frutos.

135.
E vede a árvore das nossas mãos!
ela volta, para todos, as feridas incisas no seu tronco
para todos o solo trabalha
e embriaguez para os ramos de precipitação perfumada!

(Aimé Césaire, 'Diário de um retorno ao país natal', tradução de Lilian Pestre)


FONTE: FACE DE:

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tiganá Santana

Tiganá: cantor e compositor de canções em línguas africanas apresenta show do novo cd em Salvador

Redação Correio Nagô – O cantor Tiganá Santana lançará nesta sexta-feira (13) seu novo disco em um show em Salvador, no Teatro Sesc Casa do Comércio, às 21h.

Batizado de "The Invention of Colour", o CD reúne composições em seis idiomas, conduzidas pela sonoridade de um instrumento inventado, o violão-tambor, que possui afinação, textura e disposição cordofônica próprias.

“Num diálogo com artistas de outros países, o brasileiro Tiganá aprofunda o minimalismo poético-musical de sua obra e depura os elementos surgidos no álbum “Maçalê” (2010), como as leituras sobre a ancestralidade”, destaca a produção do evento. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e a classificação é de 16 anos.
O álbum foi produzido pelo percussionista sueco Sebastian Notini e quase totalmente gravado em Estocolmo, no Stureparken Studio. O título em inglês nasceu da “ideia de reunir”, como expõe o próprio Tiganá: “É a produção de um baiano dentro daquele espaço aparentemente sem qualquer conexão que é a Suécia. Tem a direção musical de um sueco radicado na Bahia, o percussionista Sebastian Notini, que tocou com gente dos cinco continentes.

Artistas de três continentes foram incorporados ao álbum: Ane Brun (Noruega), Mayra Andrade (Cabo Verde), Lazzo Matumbi (Brasil) e Maher Cissoko (Senegal). O artista plástico Emanoel Araujo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, em São Paulo, produziu aquarelas para o projeto gráfico.

“Pensamos em trazer esse mosaico de perspectivas diferentes, de origens diferentes, de pessoas diferentes, para uma coisa mínima, que é ter menos instrumentos. É a ideia de que tudo vem desse mínimo e regressa a ele. É o simples que importa”, defende Tiganá.

Para este show está confirmada a participação especial do músico senegalês Maher Cissoko, que gravou com Tiganá a faixa-título deste CD, tocador de Kora e Griô. Por estar há um considerável tempo radicado na Suécia, as músicas de Maher Cissoko misturam tradições suecas de vocais sentimentais e instrumentais com o estilo energético típico do Oeste africano, sua terra natal, numa simbiose belíssima e tocante.

Outra participação especial é da artista plástica e dançarina Clara Domingas, baiana que já participou de coletivos como o VISIO, além de produção de materiais gráficos para a cantora Mariela Santiago, projeto Vivadança, dentre outros. Domingas fará intervenções durante o show de Tiganá Santana a partir de um trabalho de corpo, desenho e pintura no foyer do teatro, registro audiovisual deste processo com manipulação das imagens no palco, enquanto Tiganá se apresenta. Tudo isso será cuidado por um VJ que projetará o espaço interno do show, a fim de misturar imagens à dinâmica dos sons.

Biografia - Nascido em Salvador, Tiganá Santana iniciou seus estudos musicais aos 14 anos. Graduou-se em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia e aprofundou- se nas estruturas linguísticas dos idiomas Kikongo e Kimbundo, naturais do Congo e de Angola, países constitutivos das origens étnicas do Brasil.

A sua relação com o Candomblé de linhagem Congo-Angola, em que possui o cargo de Tata Kambondo, por iniciação, autoriza-o a versar sobre tais origens de forma fundamentada.

Escreveu trilhas para peças teatrais baseadas nas obras de Cecília Meireles e Bertolt Brecht. Estabeleceu intercâmbio musical com o artista Sidiki Condé, guineense radicado em Nova Iorque, em virtude de tratar das proximidades estruturais da música sagrada afrobrasileira e africana.

Com apresentações nacionais e em território estrangeiro, sobretudo em importantes teatros e festivais europeus, possui um trabalho de compositor, cantor e instrumentista (tendo concebido o seu próprio violão, o qual denominou “violão-tambor” – com afinação, textura e disposição cordofônica próprias) cada vez mais reconhecido entre o meio musical nacional e entre audiófilos internacionais.

Desenvolveu projetos musicais com artistas nacionais e internacionais, tais como Virgínia Rodrigues, Roberto Mendes, Luiz Brasil, Mou Brasil, Fabiana Cozza, Mariana Aydar, Márcia Castro, Jussara Silveira, Ane Brun, Joakim Milder, Maher Cissoko, Mayra Andrade, bem como com o respeitado artista visual brasileiro Emanoel araújo, e iniciou um projeto de composições para quilombolas do interior do Rio de Janeiro.

Canções - Experimenta, ainda, compor em idiomas como o Francês, Inglês e Espanhol. Foi o vencedor, em 2008, do Edital de Apoio a Conteúdo Digital de Música do Estado da Bahia (da Secretaria de Cultura), haja vista o reconhecimento do relevo, sob o ponto de vista cultural e geracional, na publicação de sua primeira obra, Maçalê, pioneira no Brasil em seu conteúdo artístico - pois por primeira vez na história fonográfica do Brasil um autor apresenta canções em línguas africanas como autor - e que teve a direção musical de Luiz Brasil.

Tiganá também intercambia experiências de arte e investigação com países como o Senegal e Congo - no primeiro, através da Unesco, fará residência artística durante este ano de 2013 - e já integrou, como palestrante e artista, mesclando sua produção lítero-musical e literaturas africanas, a programação oficial da Bienal de São Paulo.

O seu mais recente álbum, The Invention of Colour, lançado em outubro de 2012 na Escandinávia pelo selo sueco ajabu! e com lançamento mundial – incluindo-se o Brasil, já tem recebido críticas favoráveis.

*Com informações da assessoria do cantor

domingo, 1 de setembro de 2013

A III CONFERÊNCIA ESTADUAL DE IGUALDADE RACIAL - III COEPIR, DE RONDÔNIA.



O PROFESSOR CHIQUINHO, DO MOCAMBO CULTURAL - COLETIVO DE ARTISTAS E ARTICULADORES NEGROS, DE RONDÔNIA, E COORDENADOR, EM RONDÔNIA, DA REDE AMAZÔNIA NEGRA - RAN, NUMA RICA MESA, COMPONDO COM UMA TROPA DE CHOQUE DE MULHERES AGUERRIDAS E COMPROMISSADAS COM O COMBATE AO RACISMO E COM A PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL. NA TERCEIRA COEPIR, DE RONDÔNIA. PVH - 29/08/2013
FOTO DE MARA JANE