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quinta-feira, 19 de julho de 2012



A partir de hoje, a sociedade civil brasileira estará mais próxima do continente que nos deu o sentido de brasilidade e de nação”. Foi com essa afirmação que o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Eloi Ferreira de Araujo, deu início à cerimônia de assinatura do Protocolo de Intenções e Programa de Parceria: Cooperação Sul-Sul Conexão Brasil-África, firmado entre a Palmares e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE). 
O primeiro instrumento de implementação do Programa de Parceria é o Edital Conexão Brasil-África, que selecionará propostas de projetos de cooperação técnica internacional com países africanos, latino-americanos e caribenhos, para início de execução no próximo ano.
Durante a cerimônia, que aconteceu nesta quarta-feira (18), no auditório da FCP em Brasília, Eloi Ferreira de Araujo explicou que o Conexão Brasil-África, será um importante instrumento para estreitar os laços culturais entre Brasil e o continente africano. “Ao investir em cooperação técnica e capacitação, por meio do Edital, será possível intercambiar nossos saberes e tradições, além de reafirmar a riqueza da cultura brasileira”, afirmou.
Para o ministro Marco Farani, diretor da ABC/MRE, o Edital vai permitir que o Brasil assuma o papel de sistematizar suas manifestações culturais. “As propostas que irão compor o edital vão nos ajudar a fortalecer os valores culturais brasileiros e permitir a sistematização da nossa própria cultura e a sua transformação em produto, seja ele de consumo ou não”, explicou.
Prioridade – Ao ressaltar a importância do Conexão Brasil-África para o Brasil, o secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), Vitor Ortiz, afirmou que o Conexão Brasil-África passa a ser um dos programas prioritários do governo brasileiro. “Não há dúvida de que a cultura tem um papel muito importante em nosso país, por isso o Conexão Brasil-África passa a ser prioridade do Ministério da Cultura e do governo brasileiro”, garantiu. “Não tenho dúvidas de que será o programa da Fundação Palmares que mais investirá em cultura até 2014”, afirmou.
O embaixador do Zimbábue, Thomas Sukutai Bvuma, decano do Corpo Diplomático da África no Brasil, concordou com o secretário executivo do MinC e ressaltou que é preciso apresentar à África as transformações que a cultura africana sofreu no Brasil desde o colonialismo. “Africanos escravizados trouxeram nossa cultura para o Brasil há muitos anos. Agora, é a hora de brasileiros livres apresentarem à África as transformações sofridas e o alto nível que a cultura afro-brasileira adquiriu desde então”, disse.

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