Tiganá: cantor e compositor de canções em línguas africanas apresenta show do novo cd em Salvador
Redação Correio Nagô – O cantor Tiganá Santana lançará nesta sexta-feira (13) seu novo disco em um show em Salvador, no Teatro Sesc Casa do Comércio, às 21h.
Batizado de "The Invention of Colour", o CD reúne composições em seis idiomas, conduzidas pela sonoridade de um instrumento inventado, o violão-tambor, que possui afinação, textura e disposição cordofônica próprias.
“Num diálogo com artistas de outros países, o brasileiro Tiganá aprofunda o minimalismo poético-musical de sua obra e depura os elementos surgidos no álbum “Maçalê” (2010), como as leituras sobre a ancestralidade”, destaca a produção do evento. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e a classificação é de 16 anos.
Batizado de "The Invention of Colour", o CD reúne composições em seis idiomas, conduzidas pela sonoridade de um instrumento inventado, o violão-tambor, que possui afinação, textura e disposição cordofônica próprias.
“Num diálogo com artistas de outros países, o brasileiro Tiganá aprofunda o minimalismo poético-musical de sua obra e depura os elementos surgidos no álbum “Maçalê” (2010), como as leituras sobre a ancestralidade”, destaca a produção do evento. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e a classificação é de 16 anos.
O álbum foi produzido pelo percussionista sueco Sebastian Notini e quase totalmente gravado em Estocolmo, no Stureparken Studio. O título em inglês nasceu da “ideia de reunir”, como expõe o próprio Tiganá: “É a produção de um baiano dentro daquele espaço aparentemente sem qualquer conexão que é a Suécia. Tem a direção musical de um sueco radicado na Bahia, o percussionista Sebastian Notini, que tocou com gente dos cinco continentes.
Artistas de três continentes foram incorporados ao álbum: Ane Brun (Noruega), Mayra Andrade (Cabo Verde), Lazzo Matumbi (Brasil) e Maher Cissoko (Senegal). O artista plástico Emanoel Araujo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, em São Paulo, produziu aquarelas para o projeto gráfico.
“Pensamos em trazer esse mosaico de perspectivas diferentes, de origens diferentes, de pessoas diferentes, para uma coisa mínima, que é ter menos instrumentos. É a ideia de que tudo vem desse mínimo e regressa a ele. É o simples que importa”, defende Tiganá.
Para este show está confirmada a participação especial do músico senegalês Maher Cissoko, que gravou com Tiganá a faixa-título deste CD, tocador de Kora e Griô. Por estar há um considerável tempo radicado na Suécia, as músicas de Maher Cissoko misturam tradições suecas de vocais sentimentais e instrumentais com o estilo energético típico do Oeste africano, sua terra natal, numa simbiose belíssima e tocante.
Outra participação especial é da artista plástica e dançarina Clara Domingas, baiana que já participou de coletivos como o VISIO, além de produção de materiais gráficos para a cantora Mariela Santiago, projeto Vivadança, dentre outros. Domingas fará intervenções durante o show de Tiganá Santana a partir de um trabalho de corpo, desenho e pintura no foyer do teatro, registro audiovisual deste processo com manipulação das imagens no palco, enquanto Tiganá se apresenta. Tudo isso será cuidado por um VJ que projetará o espaço interno do show, a fim de misturar imagens à dinâmica dos sons.
Artistas de três continentes foram incorporados ao álbum: Ane Brun (Noruega), Mayra Andrade (Cabo Verde), Lazzo Matumbi (Brasil) e Maher Cissoko (Senegal). O artista plástico Emanoel Araujo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, em São Paulo, produziu aquarelas para o projeto gráfico.
“Pensamos em trazer esse mosaico de perspectivas diferentes, de origens diferentes, de pessoas diferentes, para uma coisa mínima, que é ter menos instrumentos. É a ideia de que tudo vem desse mínimo e regressa a ele. É o simples que importa”, defende Tiganá.
Para este show está confirmada a participação especial do músico senegalês Maher Cissoko, que gravou com Tiganá a faixa-título deste CD, tocador de Kora e Griô. Por estar há um considerável tempo radicado na Suécia, as músicas de Maher Cissoko misturam tradições suecas de vocais sentimentais e instrumentais com o estilo energético típico do Oeste africano, sua terra natal, numa simbiose belíssima e tocante.
Outra participação especial é da artista plástica e dançarina Clara Domingas, baiana que já participou de coletivos como o VISIO, além de produção de materiais gráficos para a cantora Mariela Santiago, projeto Vivadança, dentre outros. Domingas fará intervenções durante o show de Tiganá Santana a partir de um trabalho de corpo, desenho e pintura no foyer do teatro, registro audiovisual deste processo com manipulação das imagens no palco, enquanto Tiganá se apresenta. Tudo isso será cuidado por um VJ que projetará o espaço interno do show, a fim de misturar imagens à dinâmica dos sons.
Biografia - Nascido em Salvador, Tiganá Santana iniciou seus estudos musicais aos 14 anos. Graduou-se em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia e aprofundou- se nas estruturas linguísticas dos idiomas Kikongo e Kimbundo, naturais do Congo e de Angola, países constitutivos das origens étnicas do Brasil.
A sua relação com o Candomblé de linhagem Congo-Angola, em que possui o cargo de Tata Kambondo, por iniciação, autoriza-o a versar sobre tais origens de forma fundamentada.
Escreveu trilhas para peças teatrais baseadas nas obras de Cecília Meireles e Bertolt Brecht. Estabeleceu intercâmbio musical com o artista Sidiki Condé, guineense radicado em Nova Iorque, em virtude de tratar das proximidades estruturais da música sagrada afrobrasileira e africana.
Com apresentações nacionais e em território estrangeiro, sobretudo em importantes teatros e festivais europeus, possui um trabalho de compositor, cantor e instrumentista (tendo concebido o seu próprio violão, o qual denominou “violão-tambor” – com afinação, textura e disposição cordofônica próprias) cada vez mais reconhecido entre o meio musical nacional e entre audiófilos internacionais.
Desenvolveu projetos musicais com artistas nacionais e internacionais, tais como Virgínia Rodrigues, Roberto Mendes, Luiz Brasil, Mou Brasil, Fabiana Cozza, Mariana Aydar, Márcia Castro, Jussara Silveira, Ane Brun, Joakim Milder, Maher Cissoko, Mayra Andrade, bem como com o respeitado artista visual brasileiro Emanoel araújo, e iniciou um projeto de composições para quilombolas do interior do Rio de Janeiro.
Canções - Experimenta, ainda, compor em idiomas como o Francês, Inglês e Espanhol. Foi o vencedor, em 2008, do Edital de Apoio a Conteúdo Digital de Música do Estado da Bahia (da Secretaria de Cultura), haja vista o reconhecimento do relevo, sob o ponto de vista cultural e geracional, na publicação de sua primeira obra, Maçalê, pioneira no Brasil em seu conteúdo artístico - pois por primeira vez na história fonográfica do Brasil um autor apresenta canções em línguas africanas como autor - e que teve a direção musical de Luiz Brasil.
Tiganá também intercambia experiências de arte e investigação com países como o Senegal e Congo - no primeiro, através da Unesco, fará residência artística durante este ano de 2013 - e já integrou, como palestrante e artista, mesclando sua produção lítero-musical e literaturas africanas, a programação oficial da Bienal de São Paulo.
O seu mais recente álbum, The Invention of Colour, lançado em outubro de 2012 na Escandinávia pelo selo sueco ajabu! e com lançamento mundial – incluindo-se o Brasil, já tem recebido críticas favoráveis.
*Com informações da assessoria do cantor
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